Biomimética e arquitetura: uma abordagem sustentável para o design
O caso dos trem bala japoneses Em 1989 os trem bala japoneses já eram uma das invenções mais incríveis da humanidade e motivo de orgulho para o Japão porém com uma contrapartida incômoda para as populações que viviam próximas dos túneis, quando entravam no túnel o acumulo de pressão em altas velocidades gerava um barulho absurdo similar a uma explosão.
O king fisher
A companhia responsável pelos trens então montou uma força tarefa para redesenhar os veículos com o objetivo de resolver esses problemas. O engenheiro Chefe Eiji Nakatsu que por acaso era um observador de pássaros notou que um pássaro chamado Kingfisher durante a pesca praticamente não levantava respingos, garantindo que a presa tenha pouco tempo de reação. Então partindo do formato do bico do pássaro o time de design conseguiu reduzir o ruído sonoro em altas velocidades, eliminou o “tunnel boom” como foi chamado o fenômeno, e permitiu que os trens gastassem 15% menos energia enquanto viajavam 10% mais rápido.
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Esse é um dos exemplos mais conhecidos de uma abordagem de design chamada Biomimética, que busca inspiração na natureza para resolver problemas e explorar novas oportunidades de inovação. E é uma abordagem que pode ser aplicada desde escalas micro, com o padrão microscópico da pele do tubarão que inspirou uma roupa de natação, até o padrão de disposição das folhas das árvores que aumenta a eficiência das placas solares ou até o sistema de comunicação das formigas que inspira como como carros autônomos se conectam.
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Biomimética e arquitetura: uma abordagem sustentável para o design Imagine que para toda dificuldade que encontramos a natureza provavelmente já encontrou uma solução que podemos replicar e tomar partido para aprimorar nossos processo de desenvolvimento. E a arquitetura é uma área que pode se beneficiar muito da biomimética. Ao aprender com a natureza, os arquitetos podem criar edifícios mais eficientes, confortáveis, sustentáveis e por que não mais interessantes.
Alguns exemplos de como a biomimética pode ser aplicada na arquitetura:
Edifício BIQ, Alemanha: O Edifício BIQ em Hamburgo, Alemanha, é um exemplo pioneiro de arquitetura biofílica. Projetado pelo escritório Splitterwerk, o edifício incorpora uma fachada revestida de painéis de algas microscópicas. Essas algas realizam a fotossíntese e podem ser colhidas regularmente. Além de proporcionar sombreamento e isolamento térmico, as algas também servem como fonte de biomassa renovável e podem ser transformadas em biogás para energia.
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Edifício Eastgate Centre, Zimbabwe:
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Projetado pelo escritório de arquitetura Mick Pearce, o Eastgate Centre em Harare, Zimbabwe, é inspirado nos montículos de cupins africanos. Os cupins constroem suas colônias de forma a regular a temperatura interna, mantendo-a estável apesar das variações climáticas externas. Da mesma forma, o edifício utiliza um sistema de ventilação inspirado no fluxo de ar dos montículos de cupins. O edifício absorve e armazena calor durante o dia, liberando-o durante a noite, o que reduz significativamente a necessidade de sistemas de ar condicionado.
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Esquema do cupinzeiro internamente
Alguns desafios da biomimética na arquitetura: Tradução: A transferência de princípios biológicos para aplicações arquitetônicas pode ser um desafio. É necessário ter um bom conhecimento da ciência e da tecnologia para poder aplicar a biomimética de forma eficaz. O ideal são equipes multidisciplinares que possam auxiliar na pesquisa.
Custo: O desenvolvimento de edifícios biomiméticos pode ser caro, mas não necessariamente. Encontrar soluções inspiradas na natureza também ajuda a aumentar a eficiência sem comprometer o desempenho como é o caso do trem bala.
Em síntese, a biomimética na arquitetura representa uma abordagem promissora para enfrentar os desafios contemporâneos de sustentabilidade e eficiência. Através da observação atenta da natureza e da adaptação de seus princípios ao design arquitetônico, é possível criar edifícios que não apenas se encaixam perfeitamente em seus ambientes, mas também contribuem para um futuro mais sustentável. A colaboração entre arquitetos, biólogos e engenheiros pode levar a inovações surpreendentes que revolucionam a maneira como construímos e habitamos nossos espaços.
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